segunda-feira, outubro 20, 2008

Zé Leite



Não há, no Acre, jornalista ou aspirante à profissão que não tenha ouvido falar nesse nome que marca a história do jornalismo no Estado. José Chalub Leite, imortalizado por sua contribuição à imprensa acreana e pela caricatura que o retrata sentado à maquina de escrever com o cigarro no canto da boca. Eterno homenageado pelo prêmio que leva o seu nome.Acreano de Rio Branco, José Chalub Leite nasceu no dia 13 de dezembro de 1939, quase paraense, pois escapou de nascer a bordo de um navio em Belém, filho de Miguel de Freitas Leite e Maria Chalub Leite e irmão de Ney Dirce, Miguel, Arthur (falecidos) e Eleonor.Aos cincos anos aprendeu a ler, graças à mãe, responsável por guiar os primeiros traços do garoto na escrita. Estudou em Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Belém (PA). Zé leite, como era conhecido pelos amigos, não chegou a concluir o colegial no Instituto Paraense, pois abandonou o curso de Contabilidade por absoluta aversão aos números, mas saiu a tempo de aprender que “o que sai debita-se”. Mais tarde a vida mostraria que o jornalismo teria perdido um grande militante se a profissão de contador houvesse falado mais alto. Alias, Zé Leite poderia ter sido qualquer outra coisa: padre, advogado, doutor, mas, como deixou registrado, “se não fosse jornalista, queria ser jornalista”.Após dez anos ausente do Acre, Zé Leite retorna às terras acreanas, em 1962 e recebe então um convite que escreve o rumo de sua vida e crava seu nome na história do Estado: o jornalista Lourival Messias do Nascimento o convida a escrever e desenhar para um semanário estudantil. Nascia aí a vocação irremediável: o jornalismo.Sempre fumando, sempre magrela, Zé Leite fundou vários semanários, colaborou com outros. Seu nome está escrito no expediente da primeira edição do primeiro jornal diário da cidade, O Rio Branco, marco na história do jornalismo impresso por inaugurar a era dos jornais diários, fundado em 1969. Foi editor de esportes, diretor geral e depois editor de “O Rio Branco”, criou “O Chute”, editou o semanário “O Jornal”, foi correspondente de vários jornais e revistas de circulação nacional e colaborador do “Diário do Acre”, “Hora do Povo”, “O Repiquete”, “Gazeta do Acre”, “O Crime”, “A Gazeta”, “Página 20” e “A Tribuna”, entre outros. Foi assessor de Comunicação Social da Prefeitura de Rio Branco e do Governo do Estado do Acre.Em jornal fez de tudo, porém detestava a pecha de melhor e maior. Considerava que ou o sujeito sabe ou não sabe, ou é competente ou não é. Odiava pressões, injustiças, quem aluga o talento e faz da imprensa caixa registradora.Considerava que o ou o sujeito sabe ou não sabe, ou é competente ou não é. Para ele, escrever era fácil ou impossível.De sua vivência trintona na imprensa acreana colecionou tantas historinhas que, por fim, a instâncias alheias e vontade própria decidiu reuni-las no livro “Tão Acre – O Humor Acreano de Todos os Tempos”(1992).Zé Leite tinha três paixões na vida: o Rio Branco Futebol Clube, o Clube do Remo e o jornalismo, além de torcer também pelo Botafogo. Mesmo sendo paraense, todos os contemporâneos o consideram o “pai da imprensa acreana”.Preparava-se para editar o segundo volume de “Tão Acre” quando faleceu, vítima de ataque cardíaco, no dia 27 de março de 1998, aos 58 anos. Casado com a Sra. Francisca Pinheiro Leite, com quem teve três filhos, Cristina, Arthur e Ary, Zé Leite deixou órfão, não três herdeiros, mas quatro: o jornalismo acreano também perdeu um grande pai.







Lançamento do 9º Prêmio de Jornalismo José Chalub Leite


Abertas as inscrições para o Prêmio de Jornalismo José Chalub Leite
Primeira diretoria do Sinjac foi homenageada durante o lançamento do prêmio
Tatiana Campos
Este ano a premiação em dinheiro soma R$ 30,5 mil e duas categorias foram adicionadas: jornalismo digital e melhor imagem, cada uma com prêmio de R$ 2,5 mil para o melhor trabalho escolhido. A categoria charge, antes premiada com R$ 1,5 mil, aumentou para R$ 2,5. Jornalismo impresso e telejornalismo passaram de R$ 5 mil para R$ 6 mil. A categoria fotojornalismo também ganhou um novo valor, passando para R$ 2,5 mil.
A primeira diretoria eleita para o Sinjac, exatamente há 20 anos, foi homenageada durante o lançamento. "A atual diretoria do sindicato assumiu a entidade em uma data importante de sua história e que não poderia passar em branco. O que estamos fazendo é um reconhecimento ao que estes jornalistas fizeram há 20 anos, fundando uma entidade que representa a categoria. São pessoas que há 20 anos já pensavam em uma classe organizada", disse o presidente do Sinjac, Marcos Vicentti.
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O Governo do Estado é um dos parceiros do prêmio e se aliou ao sindicato também para realizar a Semana de Comunicação, que antecede a entrega da premiação. "Este é um prêmio que se renova, que cresce a cada ano e o governo aposta nesta parceria que vem dando certo. O Sinjac tem uma trajetória bonita e sempre esteve presente nos momentos mais marcantes da história do Acre", disse o secretário de Comunicação, Jorge Henrique Queiroz.
Os patrocinadores da nona edição do prêmio são o Governo do Estado do Acre, Brasil Telecom, Assembléia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), Federação das Indústrias (Fieac), Banco da Amazônia e Prefeitura de Rio Branco. O apoio é da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
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